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Karne Krua
(Foto por Thiago Leão) |
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Robot Wars
(Foto por Thiago Leão) |
Já fazia algum tempo que Aracaju não tinha uma sessão de bandas underground no melhor estilo hardcore pra render uma boa roda de pogo. Eis que surge um bem-vindo
Concerto para o Fim do Mundo, que colocou nada menos que oito boas bandas do cenário local pra agitar a tarde e noite de domingo, dia 1º de setembro. A oportunidade ideal pra sair do marasmo de um dia morgado e também pra estrear com o pé esquerdo as postagens do
Dicoturno (sim, porque usar pé direito é coisa de reaça).
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Casca Grossa
(Foto por Thiago Leão) |
A tarde começou com a
Sublevação, uma das mais antigas bandas do hardcore sergipano. Os veteranos abriram o evento descendo a madeira e mandando ver nas letras politizadas – como não poderia deixar de ser –, mostrando bem o teor do que viria pela frente. Em seguida foi a vez da dulpa Ivo Delmondes (bateria) e Sílvio Gomes (guitarra) levarem a ruideira ao extremo com a
Robot Wars. Neo-crust de primeira em um show com muitas músicas autorais e um puta timbre na guitarra que agradou demais.
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Holidays
(Foto por Thiago Leão) |
A terceira banda foi a
Renegades of Punk que tomaram o palco pra, como sempre, mandarem um set impecável, a maioria do último trabalho deles – o Coração Metrônomo, lançado no ano passado. Não faltou energia à banda, embora o público não estivesse ainda no embalo pra curtir numa graaande roda de pogo, ficando mais atenta pra, talvez, conhecer o som. Daniela, vocalista e guitarrista, mandou um importante recado enaltecendo a iniciativa do evento e clamando pra que mais pessoas e, principalmente, mais garotas tomassem parte da cena, fizessem acontecer e continuassem a ‘movimentar o movimento’ (com o perdão da redundância), que quase vinha parando.
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Crimes Hediondos
(Foto por Thiago Leão) |
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Útero Kaos
(Foto por Thiago Leão) |
Logo depois foi a vez da
Karne Krua, com uma porrada de clássicos novos e antigos. Aí sim o público acordou (pena que meio tarde) e a roda se formou. Ao final do set, aquela que é um dos grandes ‘hinos’ do HC sergipano: ‘subversores da ordem’. Da Karne Krua partimos para a
Holidays, com um hardcore melódico e letras engajas, cantadas em inglês. Em seguida foi a vez da
Casca Grossa, levando os ideais anarquistas ao extremo no vocal de Flávio, um show igualmente cheio de energia e com mensagens antissistema.
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Sublevação
(Foto por Thiago Leão) |
Perto do fim da noite a
Útero Kaos mostra que o recado de Dani, da Renegades, tem muito a vingar. Formada por duas garotas (uma no vocal e outra na guitarra) e um camarada na bateria, a banda deu uma porrada na cara do sexismo pra mostrar que a cena pode – e deve – ser de tod@s. Que venham mais bandas com garotas na formação. Por fim, encerrando a primeira parte do Concerto para o Fim do Mundo,
Crimes Hediondos destroçou o (pouco ou quase nada) que restava de recato no recinto, protestando e denunciando toda a violência da sociedade em um core frenético.
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Renegades of Punk
(Foto por Thiago Leão) |
Foi um domingo, pra rever velhos amigos, fazer alguns novos e curtir um punk rock / hardcore com o volume no talo. Sílvio Campos, organizador do evento, promete que mais sessões dessas virão. Enquanto esperamos, aguardamos mais shows em Sergipe – o próximo acontece nesse sábado, dia 7 de setembro, no
III Rock Underground Socorro, que acontece a partir das 19h no fundo do GBarbosa do Conjunto João Aves, onde, no dia da “independência”, cantaremos que ‘ordem e progresso é coisa de fascista, eu quero igualdade, liberdade e justiça’. Saúde para tod@s e até a próxima!
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Concerto para o Fim do Mundo
(Foto por Thiago Leão) |
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Concerto para o Fim do Mundo
(Foto por Thiago Leão) |
Um comentário:
Foi muito foda esse evento e a galera da produção está de parabéns.
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