segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Um 'Fim do Mundo' pra trazer uma nova força à cena HC

Karne Krua
(Foto por Thiago Leão)
Robot Wars
(Foto por Thiago Leão)
Já fazia algum tempo que Aracaju não tinha uma sessão de bandas underground no melhor estilo hardcore pra render uma boa roda de pogo. Eis que surge um bem-vindo Concerto para o Fim do Mundo, que colocou nada menos que oito boas bandas do cenário local pra agitar a tarde e noite de domingo, dia 1º de setembro. A oportunidade ideal pra sair do marasmo de um dia morgado e também pra estrear com o pé esquerdo as postagens do Dicoturno (sim, porque usar pé direito é coisa de reaça).

Casca Grossa
(Foto por Thiago Leão)
A tarde começou com a Sublevação, uma das mais antigas bandas do hardcore sergipano. Os veteranos abriram o evento descendo a madeira e mandando ver nas letras politizadas – como não poderia deixar de ser –, mostrando bem o teor do que viria pela frente. Em seguida foi a vez da dulpa Ivo Delmondes (bateria) e Sílvio Gomes (guitarra) levarem a ruideira ao extremo com a Robot Wars. Neo-crust de primeira em um show com muitas músicas autorais e um puta timbre na guitarra que agradou demais.

Holidays
(Foto por Thiago Leão)
A terceira banda foi a Renegades of Punk que tomaram o palco pra, como sempre, mandarem um set impecável, a maioria do último trabalho deles – o Coração Metrônomo, lançado no ano passado. Não faltou energia à banda, embora o público não estivesse ainda no embalo pra curtir numa graaande roda de pogo, ficando mais atenta pra, talvez, conhecer o som. Daniela, vocalista e guitarrista, mandou um importante recado enaltecendo a iniciativa do evento e clamando pra que mais pessoas e, principalmente, mais garotas tomassem parte da cena, fizessem acontecer e continuassem a ‘movimentar o movimento’ (com o perdão da redundância), que quase vinha parando.

Crimes Hediondos
(Foto por Thiago Leão)
Útero Kaos
(Foto por Thiago Leão)
Logo depois foi a vez da Karne Krua, com uma porrada de clássicos novos e antigos. Aí sim o público acordou (pena que meio tarde) e a roda se formou. Ao final do set, aquela que é um dos grandes ‘hinos’ do HC sergipano: ‘subversores da ordem’. Da Karne Krua partimos para a Holidays, com um hardcore melódico e letras engajas, cantadas em inglês. Em seguida foi a vez da Casca Grossa, levando os ideais anarquistas ao extremo no vocal de Flávio, um show igualmente cheio de energia e com mensagens antissistema.

Sublevação
(Foto por Thiago Leão)
Perto do fim da noite a Útero Kaos mostra que o recado de Dani, da Renegades, tem muito a vingar. Formada por duas garotas (uma no vocal e outra na guitarra) e um camarada na bateria, a banda deu uma porrada na cara do sexismo pra mostrar que a cena pode – e deve – ser de tod@s. Que venham mais bandas com garotas na formação. Por fim, encerrando a primeira parte do Concerto para o Fim do Mundo, Crimes Hediondos destroçou o (pouco ou quase nada) que restava de recato no recinto, protestando e denunciando toda a violência da sociedade em um core frenético.

Renegades of Punk
(Foto por Thiago Leão)
Foi um domingo, pra rever velhos amigos, fazer alguns novos e curtir um punk rock / hardcore com o volume no talo. Sílvio Campos, organizador do evento, promete que mais sessões dessas virão. Enquanto esperamos, aguardamos mais shows em Sergipe – o próximo acontece nesse sábado, dia 7 de setembro, no III Rock Underground Socorro, que acontece a partir das 19h no fundo do GBarbosa do Conjunto João Aves, onde, no dia da “independência”, cantaremos que ‘ordem e progresso é coisa de fascista, eu quero igualdade, liberdade e justiça’. Saúde para tod@s e até a próxima!


Concerto para o Fim do Mundo
(Foto por Thiago Leão)
Concerto para o Fim do Mundo
(Foto por Thiago Leão)

Um comentário:

tinhoso46 disse...

Foi muito foda esse evento e a galera da produção está de parabéns.